quinta-feira, 27 de março de 2008

Lagoa da fajã da Caldeira de Santo Cristo


Após uma caminhada de 30 minutos pela costa norte da ilha de S. Jorge chegamos à Lagoa da Fajã da Caldeira de Santo Cristo, pedaço de terra desprendida da encosta onde podemos encontrar a união entre o verde das “babosas” e o azul do mar. Reserva natural, famosa pelas suas ameijôas e ondas onde se pratica o melhor surf e bodyboard dos Açores; é provavelmente, um dos locais mais bonitos da ilha. Fajã onde impera a tranquilidade aliada ao frenesim de todos quantos a procuram pelas suas águas quentes, ideais para os banhistas, pelas pastagens verdejantes e terrenos férteis para a vinha ou o inhame.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Fim ao campismo selvagem, limitação às motos e aos geradores na fajã

Este artigo resulta da observação directa de um conjunto de situações de degradação ambiental que importa resolver. A área da fajã da Caldeira de Sto Cristo é uma área muito vulnerável, rica em património natural e paisagístico; infelizmente, e cada vez mais, a acção do Homem está a interferir na paisagem. É muito importante estabelecer um conjunto de regras que permitam preservar toda esta riqueza para que as gerações futuras possam disfrutá-lo.
A Secretaria Regional do Ambiente tem feito um esforço para minimizar este problema, o Sr. Miguel ( “o guarda da fajã”) tem feito um excelente trabalho no que respeita à recolha e separação dos lixos. Numa entrevista recente, falou-nos na criação de um centro interpretativo. Porém, ainda há muito a fazer. Temos de pensar numa estratégia para acabar com o campismo selvagem que se faz na fajã. O uso das motorizadas é importante para quem frequenta regularmente a fajã ou para quem lá reside, nomeadamente para o transporte de materiais pesados como as bilhas de gás; mas, para o utilizador esporádico não se justifica o uso das motorizadas visto que prejudica a fauna e flora daquela área.
Sendo um local de excelentes ondas para o surf não seria de toda a utilidade utilizar essa energia para o abastecimento energético da fajã reduzindo, assim, o crescente uso de geradores?

segunda-feira, 24 de março de 2008

Á descoberta da fajã

A primeira missão dos JRA foi uma visita à fajã da Caldeira. Lá contactamos com o Sr. Miguel, membro da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, descobrimos que o Sr. Miguel coloca no Verão, em média, 25 a 30 sacas de lixo por dia na fajã dos Cubres, e de Inverno coloca 20 sacas de lixo por semana.


Entrevista dos JRA ao Sr. Miguel:

JRA: Quais os Tipos de lixo que se separam na Caldeira?
Sr.Miguel: Os tipos de lixo que separamos na Caldeira são os papéis, o metal, o plástico, os orgânicos e pilhas. As pilhas são transportadas de barco para a ilha do Faial depois sendo transportada de avião para Lisboa.
JRA: Tem de fazer alguma espécie de relatório sobre a quantidade de lixo que retira da fajã da Caldeira?
Sr.Miguel: Sim. Faço um relatório para a ilha da Terceira onde se encontra o Dtº Rui da Secretaria Regional do Ambiente, com a quantidade de lixo que se faz diariamente na fajã da Caldeira.
JRA: Acha que os habitantes estão sensibilizados para a separação do lixo na fajã da Caldeira?
Sr.Miguel: A Secretaria do Ambiente existe apenas há 12 anos, mas só á um ou dois anos é que as pessoas começaram a aperceber-se da separação do lixo, contudo tivemos a ajuda de alguns agricultores que juntaram num armazém sacas de ração vazias que já não precisavam, para depois as transportarem para a fajã da Caldeira para fazer com elas sacos do lixo.
JRA: Acha que os habitantes fazem a separação do lixo?
Sr.Miguel: Os habitantes fazem a separação menos dos orgânicos, dão-nos aos animais.
JRA: Quais são as suas funções gerais?
Sr.Miguel: As minhas funções gerais são: Tratar da recolha e separação do lixo e protecção da orla marítima.
JRA: Tem projectos futuros para a fajã da Caldeira?
Sr.Miguel: Os nossos projectos futuros são: Parque Temático, Parque de Campismo e um Centro Interpretativo e placas de sensibilização.
JRA: Existem algumas barreiras ao seu trabalho?
Sr.Miguel: Apesar de fazer recolha e limpeza do lixo, passam pessoas que colocam latas e garrafas nas paredes e na água, contudo as correntes e marés trazem muito lixo para a costa marítima.


Curiosidade:
Apenas em duas fajãs na ilha de são Jorge é que se faz a separação do lixo, na fajã do João Dias e a fajã da Caldeira.
Em 1990 apenas 4 pessoas residiam permanentemente na Caldeira. Como faziam pouco lixo aproveitaram-no ex.: papel para fazer lume na lareira, garrafas para bebidas.
Devido ao aterro sanitário ser no lado norte da ilha, está a haver contaminação da água potável.


Sugestão dos JRA:
Vamos voltar ao tempo em que fazíamos reciclagem. Às vezes, regressar ao passado é bom e o Ambiente agradece.

Ecopontos artesanais na fajã da Caldeira de Santo Cristo


Nesta fajã, um dos espaços mais recônditos e belos da ilha de S. Jorge, é comum fazerem-se acções de limpeza nas margens e trilhos de forma a evitar a contaminação da água e dignificar este espaço. Com a crescente pressão humana surgiu a necessidade de criar espaços próprios para depositar os lixos. Assim, reciclando materiais que se enquadram na paisagem (pedaços de madeira e canas), estes ecopontos artesanais para papel, metal, plástico, vidro e lixo orgânico mostram a crescente consciencialização e preocupação com o ambiente que os habitantes da Fajã da Caldeira de Santo Cristo têm vivenciado.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Cabaz de Páscoa

Tendo em vista a realização de um intercâmbio com a vizinha ilha do Pico foi necessário proceder à recolha de fundos e ... ideias das ideias: os JRA decidiram vender rifas para sortear um cabaz de páscoa.
A todos quantos colaboraram o nosso agradecimento.

E para a vencedora: Muitos parabéns e uma páscoa docinha.

terça-feira, 11 de março de 2008

Apresentação do estudo para o Eco centro de S. Jorge


No passado dia 30 de Janeiro de 2008, o Presidente do Governo Regional dos Açores, Dr. Carlos César, apresentou na vila da Calheta o estudo para o ecocentro de S. Jorge.
Anunciou que, será construída uma infra-estrutura, que irá resolver o problema dos resíduos desta ilha. Passaremos de uma situação de várias pequenas lixeiras e dois aterros municipais em más condições para um conjunto tecnológico, que centrará todas as tipologias de resíduos e lhes dará o destino final adequado.

Os Jovens Repórteres recordam a todos os jorgenses que, será importante que todos adiram à triagem de resíduos e que as autarquias implementem a recolha selectiva dos resíduos.

terça-feira, 4 de março de 2008

Caldeira: A deusa do Dragão.

Debaixo de um céu azul,
Está debruçada sobre as águas cristalinas,
A Deusa da Ilha do Dragão,
Lá está ela serena, a bela Caldeira.

Por muitos é adorada,
E por outros nem por isso,
Mas há ainda quem não deixe
O seu magnífico sorriso verdejante vacilar.

A Caldeira tem mil e uma belezas, belezas raras,
Tem as suas cascatas, sua bela lagoa com amêijoas únicas,
Tem suas encostas verdes e seu lago subterrâneo,
Não passando ao lado as suas ondas que maravilham os surfistas.

A Caldeira é um bem precioso a proteger,
É o tesouro que o Dragão guarda,
É o orgulho dos Jorgenses,
Vamos ser deuses e proteger esta frágil dama.

Nem só de bens supérfluos se faz uma vida,
São precisos anos para criar a perfeição,
Nisto a Caldeira vence, pois a sua beleza e esplendor,
Deixa os corações enamorados e incapazes de pensar que o imperfeito existe.

Porquê? Porquê estragar o que é perfeito?
Porquê? Porquê não ajudar a natureza a ser feliz?
Se ajudarmos a natureza a florir sem poluição,
Seremos mais felizes, pois de um pequeno gesto saem mil sorrisos.

Ajuda a tua rainha debruçada para o mar,
Ajuda a tua vida,
Porque ao ajudares a Caldeira,
Estás a ajudar o mundo a ser um pouco mais feliz.


Joana Cabral.

Vamos limpar a Caldeira!



Sumário do projecto:


Este projecto visa sensibilizar os jovens para as questões ambientais, principalmente no que concerne à poluição de lixos domésticos nas áreas costeiras. A intervenção será levada a cabo na Caldeira do Santo Cristo, Reserva Ecológica, em parceria com a Associação Amigos da Caldeira.


Descrição do projecto:


O presente projecto visa, numa primeira fase, a constituição de uma parceria informal com a Associação Amigos da Caldeira no sentido de se consertarem estratégias de intervenção e de sensibilização daquele espaço único. Posteriormente, realizaremos acções de limpeza da orla costeira envolvente à Caldeira, realizando em simultâneo o acompanhamento jornalístico das mesmas. Este acompanhamento jornalístico permitirá a realização subsequente de panfletos que serão distribuídos pelas várias escolas do concelho, com o intuito de alertar as crianças e jovens para a necessidade de se proteger a nossa orla costeira.