segunda-feira, 24 de março de 2008

Á descoberta da fajã

A primeira missão dos JRA foi uma visita à fajã da Caldeira. Lá contactamos com o Sr. Miguel, membro da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, descobrimos que o Sr. Miguel coloca no Verão, em média, 25 a 30 sacas de lixo por dia na fajã dos Cubres, e de Inverno coloca 20 sacas de lixo por semana.


Entrevista dos JRA ao Sr. Miguel:

JRA: Quais os Tipos de lixo que se separam na Caldeira?
Sr.Miguel: Os tipos de lixo que separamos na Caldeira são os papéis, o metal, o plástico, os orgânicos e pilhas. As pilhas são transportadas de barco para a ilha do Faial depois sendo transportada de avião para Lisboa.
JRA: Tem de fazer alguma espécie de relatório sobre a quantidade de lixo que retira da fajã da Caldeira?
Sr.Miguel: Sim. Faço um relatório para a ilha da Terceira onde se encontra o Dtº Rui da Secretaria Regional do Ambiente, com a quantidade de lixo que se faz diariamente na fajã da Caldeira.
JRA: Acha que os habitantes estão sensibilizados para a separação do lixo na fajã da Caldeira?
Sr.Miguel: A Secretaria do Ambiente existe apenas há 12 anos, mas só á um ou dois anos é que as pessoas começaram a aperceber-se da separação do lixo, contudo tivemos a ajuda de alguns agricultores que juntaram num armazém sacas de ração vazias que já não precisavam, para depois as transportarem para a fajã da Caldeira para fazer com elas sacos do lixo.
JRA: Acha que os habitantes fazem a separação do lixo?
Sr.Miguel: Os habitantes fazem a separação menos dos orgânicos, dão-nos aos animais.
JRA: Quais são as suas funções gerais?
Sr.Miguel: As minhas funções gerais são: Tratar da recolha e separação do lixo e protecção da orla marítima.
JRA: Tem projectos futuros para a fajã da Caldeira?
Sr.Miguel: Os nossos projectos futuros são: Parque Temático, Parque de Campismo e um Centro Interpretativo e placas de sensibilização.
JRA: Existem algumas barreiras ao seu trabalho?
Sr.Miguel: Apesar de fazer recolha e limpeza do lixo, passam pessoas que colocam latas e garrafas nas paredes e na água, contudo as correntes e marés trazem muito lixo para a costa marítima.


Curiosidade:
Apenas em duas fajãs na ilha de são Jorge é que se faz a separação do lixo, na fajã do João Dias e a fajã da Caldeira.
Em 1990 apenas 4 pessoas residiam permanentemente na Caldeira. Como faziam pouco lixo aproveitaram-no ex.: papel para fazer lume na lareira, garrafas para bebidas.
Devido ao aterro sanitário ser no lado norte da ilha, está a haver contaminação da água potável.


Sugestão dos JRA:
Vamos voltar ao tempo em que fazíamos reciclagem. Às vezes, regressar ao passado é bom e o Ambiente agradece.

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